31.5.13

«A Demanda» no Festival Teatremos


O espectáculo «A Demanda», pelo Teatro Amador de Pombal, sobe ao palco do Cine-Teatro de Porto de Mós, no próximo dia 3 de Junho, segunda-feira, pelas 21h30, no âmbito do VIII Festival de Teatro Teatremos, numa organização do Município de Porto de Mós.

20.5.13

Feira do Livro de Lisboa 2013




















No próximo dia 26 de Maio, domingo, pelas 16h00, estarei na Feira do Livro de Lisboa, na Praça LeYa, para autografar os meus romances. Apareçam.

14.5.13

A Viagem dos Cem Passos


Filho de um canadiano com raízes portuguesas e de uma nova-iorquina, foi por um acaso que o norte-americano Richard C. Morais (n. 1960) nasceu em Portugal, mais propriamente, em Lisboa, tendo vivido em Cascais. O pai, filho de um cônsul português que esteve estacionado na Terra Nova durante a Segunda Guerra Mundial, ao atingir a maioridade optou pela nacionalidade canadiana. Anos mais tarde, ao trabalhar para uma empresa canadiana na área dos alumínios foi enviado para Portugal e Espanha para desenvolver as operações da empresa a nível europeu. Com dez meses de idade, a família mudou-se para Zurique, Suíça, onde Richard cresceu até se mudar para os Estados Unidos, passando as férias de verão regularmente em Portugal, na companhia dos seus avós aposentados, na zona de Cascais e na Praia do Guincho.

«A Viagem dos Cem Passos» (Dom Quixote, trad. Ana Lourenço) é o seu primeiro romance e foi bastante bem recebido pela crítica ao ponto de Anthony Bourdain, famoso chef, ter considerado este como «provavelmente o melhor romance de sempre ambientado no mundo da culinária».

Ao unir dois mundos culinários, à partida, tão antagónicos e cheios de especificidades, como são a cozinha indiana e a cozinha francesa, Richard Morais consegui um grande feito literário, oferecendo-nos uma narrativa repleta de memória e emoção, amizade e amor, destino e acaso, bem como deliciosas descrições gastronómicas, como se o autor de um verdadeiro chef se tratasse.

A história dá-nos a conhecer Hassan Haji, nascido no seio de uma família muçulmana pobre em 1975, por cima de um restaurante fundado pelo avô (Bapaji) e gerido com firmeza por seu pai (Abbas), na antiga cidade de Bombaim Ocidental, hoje conhecida como Mumbai, «essa metrópole fervilhante para onde as pessoas vão há muito deixar a sua marca», que desde muito cedo começa a apreender os cheiros da cozinha que o rodeiam, impregnando o seu ser de uma poderosa memória olfactiva e emotiva, capaz de, muitos anos depois, já em adulto, recorrer a eles para reinventar a sua gastronomia. Nesse restaurante, Hassan convive com toda a sorte de iguarias e especialidades indianas confeccionadas pelas sábias mãos de sua avó, Ammi, que ele observa atentamente, «entrando pela primeira vez no transe mágico» que desde então o passa a dominar sempre que cozinha. O destino, que a maior parte das vezes se manifesta através de fortuitos acasos, começa a delinear as linhas do seu futuro, que se revelará a milhares de quilómetros de distância. E tudo começa com uma experiência gastronómica proporcionada por sua mãe, Tahira, que o leva a um restaurante francês em plena Bombaim. E é esse mesmo destino que se encarrega de guiar Hassan pelos trilhos da descoberta das mais variadas culinárias, passando pela Grã-Bretanha e pela França, onde acabará por se instalar numa pequena aldeia, Lumière, e onde o mesmo destino o colocará frente-a-frente com maior demonstração da sua arte culinária, pois o destino é uma coisa poderosa: «Não podemos fugir dele. No fim vence sempre.»

É em Lumière, «la France profonde», que Hassan desenvolve o seu conhecimento sobre a culinária francesa, pela mão de uma chef, Gertrude Mallory, proprietária de um restaurante com duas estrelas Michelin, que percebeu que aquele indiano tinha «aquele algo misterioso que surge num chef uma vez em cada geração» e que ele era simplesmente «um grande artista.» A viagem continua por Paris, onde a sua ascensão meteórica decorre ao longo de vinte anos, tornando-se no mais talentoso chef em toda a França e o primeiro cozinheiro imigrante a receber três estrelas Michelin. Para esta apoteose concorrem duas situações: um encontro com um outro chef, Paul Verdun, que se tornará seu fiel amigo, pois eram feitos com os mesmos ingredientes, e posteriormente, aos 42 anos, uma dúvida existencial que o fará mudar radicalmente o estilo culinário, «transformando a haute cuisine em cuisine de jus naturel

Não deixa de ser curioso verificar como o destino de Hassan Haji está, de alguma forma, interligado com a fome do avô Bapaji («A minha vida na cozinha, em suma, começa com a grande fome do meu avô.») e, como num círculo, a narrativa se encerra com uma referência ao espaço famélico que agora habita, após a consumação do seu destino. «Desde há gerações.»

Um romance comovente e cheio de sabor.


-----------------------------------------------------
A Viagem dos Cem Passos
Richard C. Morais
D. Quixote
264 páginas

7.5.13

«A Demanda» no Festival de Teatro de Alvarim


O espectáculo «A Demanda», pelo Teatro Amador de Pombal, sobe ao palco da Associação Recreativa e Cultural de Alvarim (Tondela), no próximo dia 11 de Maio, sábado, pelas 21h45, no âmbito da 15.º FESTA – Festival Teatro Amador de Alvarim, numa organização da ARCA - Associação Recreativa e Cultural de Alvarim e TEIA – Teatro Experimental Intervenção de Alvarim.

Com encenação de Rui M. Silva, o espectáculo «A Demanda» — a partir do romance «A Demanda de D. Fuas Bragatela» de Paulo Moreiras — conta no elenco com as actuações de Bruno Cardoso, Catarina Ribeiro, Humberto Pinto, Inês Falcão, Luís Catarro e Rita Leitão.

6.5.13

As minhas escolhas


No passado sábado, na revista Atual do Expresso, indico algumas das minhas escolhas literárias de entre os livros que li recentemente e que mais me marcaram:

O Feitiço da Índia, Miguel Real

1493, Charles C. Man

As Aventuras do Capitão Alatriste – A Ponte dos Assassinos, Arturo Pérez-Reverte

As Últimas Vontades do Cavaleiro Hawkins, Jesús del Campo

Os Mistérios do Abade de Priscos, Fortunato da Câmara

As minhas leituras, como sempre, andam perdidas entre os romances históricos e os dedicados à história da gastronomia.

5.5.13

Quatro troféus para «A Demanda»




O espectáculo «A Demanda», uma produção do Teatro Amador de Pombal, arrecadou quatro prémios CALE na sétima edição do CALE-se - Festival Internacional de Teatro, um festival de carácter competitivo, único do género a nível nacional, organizado pelo Cale Estúdio Teatro - Associação Cultural de Actores, numa parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e a Freguesia de Canidelo.

O Teatro Amador de Pombal recebeu o Prémio «Melhor Interpretação Masculina», atribuída ao actor Luís Catarro; o Prémio «Melhor Cenografia», sob a responsabilidade de José Silva; o Prémio «Melhor Encenação», a cargo de Rui M. Silva; e «A Demanda» ganhou ainda o troféu de «Melhor Espectáculo», numa escolha do júri do Festival.

Com encenação de Rui M. Silva, o espectáculo «A Demanda» — a partir do romance «A Demanda de D. Fuas Bragatela» de Paulo Moreiras — conta no elenco com as actuações de Bruno Cardoso, Catarina Ribeiro, Humberto Pinto, Inês Falcão, Luís Catarro e Rita Leitão.

Mais informações sobre «A Demanda» podem ser consultadas na página do Teatro Amador de Pombal.